Grécia: o berço das Olimpíadas

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A Grécia Antiga, berço da ideia de democracia na civilização ocidental, tem suas origens envoltas em um véu de mistério, mas investigações apontam as suas origens ainda no período Paleolítico (em torno de mais ou menos 3000 a.C.). Formou-se pela união de povos indo-europeus (aqueus, jônios, dórios e outros) que encontraram nas terras gregas (limitadas pelos mares Mediterrâneo, Jônio e Egeu) o local ideal para a construção de um verdadeiro império político e intelectual.

No entanto, tratava-se de uma região rude, cercada por montanhas e imprópria para culturas; o que os levou desde cedo a desbravarem os mares circundantes; expondo-se a toda sorte de imprevistos e aventuras, a ponto dessas aventuras servirem como tema para uma das mais belas epopeias de todos os tempos: A Odisseia de Homero. O resultado, foi a formação de cidades-estados, independentes, unidas pela mesma língua e pela crença politeísta nos deuses olímpicos. Segundo os historiadores, esses jogos eram espécies de celebrações esportivas em honra ao seu deus maior: Zeus.

Eram jogos realizados em um templo pagão chamado Olimpo (por isso o nome: Olimpíadas), em Atenas, apenas por homens de língua grega, e que recebiam como prêmio uma coroa de louros; além da condição de heróis, ou quase semideuses. Inicialmente competiam em esportes, como: boxe, luta, atletismo, corrida de cavalo e pentatlo, com o objetivo de unir os povos vizinhos que se viam às voltas com disputas territoriais. Uma das curiosidades das Olimpíadas é que as mulheres eram proibidas de  assisti-las e, obviamente, de participarem dos jogos. Apenas às seguidoras da “deusa mãe” Dêmetra (deusa das terras aráveis ou, mais especificamente, da agricultura) era permitido participar. Às demais mulheres era permitido competir na Heraea, uma competição cujo objetivo era glorificar a deusa Hera, esposa de Zeus.

 Algumas curiosidades a respeito das Olimpíadas da Grécia Antiga são dignas de nota, por exemplo: sabia-se que a tradição é de que os homens competiam completamente nus e que a higiene era bastante precária. O pancrácio, modalidade de luta introduzida nos jogos, 1 século depois, era praticamente uma selvageria, onde só eram proibidas mordidas e golpes nos olhos (caso fossem esmagados); sendo o resto permitido. A história nos diz também que, de tão importantes, as Olimpíadas chegavam a interromper guerras, como a famosa Guerra do Peloponeso, que foi interrompida até que o resultado fosse declarado. E uma das mais curiosas histórias sobre os jogos olímpicos da Grécia Antiga é que, diferentemente do que se pensava, não foi um maratonista o primeiro vencedor das Olimpíadas, e, sim, um cozinheiro, Coroelbus Elis, que teria sido o único a suportar uma tempestade que assolou o local das disputas e, correndo cerca de 190m, já em 776 a.c, sagrou-se o primeiro campeão olímpico registrado da história.

As Olimpíadas da Grécia Antiga encerraram-se por ordem do imperador romano Teodósio I (O Grande), em 393 d.C., que ao converter-se ao cristianismo, proibiu, terminantemente, qualquer manifestação de cunho pagão.

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