O Escotismo foi fundado em 1907, por Lorde Robert Stephenson Smyth Baden-Powell. Isso aconteceu na Ilha de Brownsea, no Canal da Mancha, na Inglaterra, quando ele juntou em um acampamento vinte jovens com idade de 12 a 16 anos. Na ocasião, foram ensinadas técnicas de segurança, primeiros socorros e sobrevivência, sempre orientados pela bandeira verde com uma flor-de-lis no centro, nas cores preto e amarelo. Uma vez que os resultados do encontro superaram as expectativas, Banden-Powell escreveu um livro intitulado “Escotismo para Rapazes”, com publicação de 1908. Suas ideias foram tão bem recebidas que, em questão de algumas semanas, inúmeros grupos de escoteiros já estavam formados.
O Escotismo tornou-se, portanto, um movimento forte no mundo todo, e aceitando meninas a partir de 1909, no mesmo ano cerca de dez mil pessoas participaram de uma exibição escoteira no Palácio de Cristal, em Londres. Tomado por uma grande empolgação, o criador do movimento percebeu a necessidade de integrar a todos na ideia, dedicando-se assim totalmente ao Movimento Escoteiro. Até então ligado ao Exército, já em 1910, Baden-Powell se desligou deste e buscava o fortalecimento do Escotismo, por meio da criação do Escotismo do Mar e o surgimento das Guias Escoteiras. Ainda, em 1912, o mesmo viajava pelo mundo como forma de divulgar a ideia de “Fraternidade Mundial”. No mesmo ano foi também publicado o manual das guias, “Como as Moças podem ajudar o Império”, com autoria de Agnes Baden-Powell, irmã do fundador.
Devido à sua força, as crianças também queriam participar do Movimento Escoteiro. Sendo assim, em 1916 foi criado o Ramo Lobinho. Um ano mais tarde, é estabelecido o Conselho Internacional da Associação de Guias da Inglaterra e, em 1918, ocorre a publicação do texto especial para guias, também nas palavras de Baden-Powell. Dedicando, portanto, toda a sua vida ao desenvolvimento do jovem por meio do ensinamento de valores que levam em conta a honra do ser humano, o Lorde envelheceu ao lado de sua mulher, Olave Baden-Powell. Morando no Quênia, ele faleceu em 8 de janeiro de 1941.
Mesmo após a partida de seu fundador, o Escotismo continuou conquistando várias crianças, jovens e também adultos. Valorizando sempre a vida ao ar livre e o trabalho em equipe, de forma extremamente altruísta, respeitadora e fraterna, o movimento já alcança mais de quarenta milhões de pessoas em todo o planeta. No Brasil, o movimento começou em 1910, após o encerramento de uma sucessão de renovações na frota naval brasileira, que durou quatro anos. Sendo assim, um grupo de oficiais que chegou ao país, vindos da Europa, trouxe consigo acessórios e uniformes de escoteiros, após todo o sucesso na Inglaterra. O grupo fundou, então, em 14 de junho, a primeira associação escoteira brasileira, nomeada de “Centro de Boys Scouts do Brasil”. Com sede no Rio de Janeiro, o movimento se espalhou rapidamente por todo a nação, primeiro com associações independentes da causa e, após, com a criação da União dos Escoteiros do Brasil, em 4 de novembro de 1924.
Dessa forma, a união congregou os diversos grupos de escoteiros no País, fato este que segue até hoje, buscando a unidade entre as pessoas. Sendo assim, o Escotismo se baseia em aspectos importantes, renovando a vitalidade dos seus participantes e, principalmente, buscando aprender com os adultos voluntários. Por se tratar, portanto, de um processo que educa por meio de atividades diversas, levando em conta sempre o desenvolvimento e envolvimento das crianças e do jovem na comunidade, os escoteiros oportunizam a formação de líderes, através do engajamento e na construção de um mundo melhor e mais justo.