Um olhar atento sobre a alimentação da criança é fundamental para evitar doenças no futuro, a exemplo da obesidade. Os números são preocupantes e servem de alerta para pais, mães, avôs, avós, educadores e escolas. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde de 2019, 13,2% das crianças com idade de 5 a 9 anos atendidas pelo SUS no Brasil são afetadas pela obesidade e 28% têm excesso de peso, dados que confirmam a importância de uma introdução alimentar correta, contendo alimentos saudáveis e diversificados.
A Organização Mundial de Saúde recomenda que o leite materno seja exclusivo até o 6º mês de vida, quando deve ser iniciada a introdução alimentar, mas, preferencialmente amamentar até os dois anos de idade. É preciso lembrar que o leite materno é rico em proteínas e gorduras que são essenciais para o desenvolvimento da criança, contribuindo para o aumento da imunidade.
Introdução alimentar
Ao completar seis meses, o bebê já pode começar a conhecer os alimentos sólidos, no entanto, o processo tem que ser encaminhado de uma forma gradual e sem pressa, para que ele consiga identificar sabores – o que é primordial para o desenvolvimento do paladar. Muitos bebês recusam alguns alimentos, mas a recomendação dos pediatras é não forçar e voltar a oferecer em outros momentos.
Para criar hábitos saudáveis, o ideal é, ainda nessa fase inicial, oferecer, na mesma refeição, representantes dos quatro grupos alimentares (carnes e ovos, cereais e tubérculos, hortaliças e grãos), garantindo assim, uma alimentação rica em nutrientes, incluindo proteínas, gorduras, carboidratos, ferro e vitaminas. Entre os alimentos desses grupos estão peixe, frango, boi, ovos, arroz, batata, inhame, macarrão, folhas verdes, abóbora, beterraba, tomate, cenoura, feijão, lentilha, ervilha e grão-de-bico.
Para garantir uma alimentação que promova a saúde da criança, formando hábitos saudáveis e evitando doenças, é fundamental afastar frituras, enlatados, salsicha, refrigerante, café, salgadinhos, balas e açúcar até ela completar dois anos, e, se possível, por toda a infância, já que esses alimentos são bastante prejudiciais para pessoas de qualquer idade.
Ao temperar, utilize sal com moderação, e prefira temperos naturais, como salsinha e cebolinha, mesmo assim, muito levemente. Muitos pediatras defendem que os alimentos não sejam batidos no liquidificador, para que a criança possa ir identificando texturas e sabores, além de treinar a mastigação.
Método BLW
Uma nova forma de introdução alimentar tem chamado a atenção de pais, mães, pediatras e nutricionistas pelos resultados bastante satisfatórios. É o Método BLW, termo inglês que significa, em português, desmame guiado pelo bebê. O BLW prevê o corte de alimentos em tiras ou pedaços, para que o bebê pegue com as mãos para comer sozinho, favorecendo o contato com a comida e a coordenação motora.
O método pode ser iniciado aos seis meses, mas a criança já tem que conseguir sentar-se sozinha, segurar bem o alimento oferecido e levar até a boca, tudo com supervisão de um adulto, com atenção para evitar possíveis engasgos. A possibilidade de engasgar-se, inclusive, é o que mais preocupa os pais e, muitas vezes, provoca a desistência de aplicar o BLW, mas os pediatras atestam que é mais comum engasgar com líquidos, como o leite materno por exemplo, do que com alimento sólido onde foi aplicado o corte correto, indicado para cada fase da idade da criança.
Incentivo à alimentação saudável
Visando uma melhor qualidade de vida para seus alunos, o setor educacional tem se dedicado a incentivar hábitos alimentares saudáveis. O Colégio Bastos Maia institui valores baseados nos quatro pilares da educação da Unesco, que são aprender a conhecer, fazer, conviver e ser, tendo como missão a educação como elemento transformador do ser humano, promovendo conhecimento e desenvolvendo as competências humanas e técnicas. A gastronomia e a educação alimentar estão incluídas nos projetos da escola.
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