A infância e as redes sociais

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As redes sociais já são parte da vida da maior parte dos brasileiros, exatamente por esse motivo que a discussão de sua relação com as crianças é tão importante. Atualmente a maior parte dos pequenos é rodeado pela tecnologia desde cedo, existem até produtos no mercado como tablets e smartphones direcionados para esse público. Dessa maneira fica muito fácil para os jovens acessarem as redes mesmo sem a permissão dos pais.
No caso do Facebook, Twitter e redes similares o acesso de crianças menores de 12 anos é proibido, o que dá em mais ou menos 20 mil menores de idade banidos das redes diariamente. A opção para os jovens é ingressar em sua vida virtual através de redes feitas especialmente para crianças. Será que os pequenos correm riscos mesmo acessando redes frequentadas somente por crianças? Um dos grandes problemas identificados por especialistas é o incentivo ao consumismo e acesso a informações inapropriadas para essas faixas etárias. Através da internet menores de idade têm grandes possibilidades de acesso a conteúdo violento e sexual, ao qual dificilmente  teriam acesso de outra maneira. O consumismo também está sempre presente, seja por jogos nas redes sociais, seja por propagandas direcionadas a crianças.
Redes sociais infantis são uma ótima maneira para as empresas se conectarem com os consumidores mirins sem a interferência dos pais. Existem clubes infantis, mantidos por grandes empresas de cinema, que enquanto divertem, aproveitam para incentivar as compras virtuais dentro da rede. O resultado de tudo isso é uma geração ainda mais consumista e que pode até gastar dinheiro dos pais sem autorização para fazer compras nas redes sociais. As gerações que crescem utilizando as redes diariamente também podem desenvolver problemas de sociabilização, caso passem tempo demais dentro de casa acessando a internet. Com as redes e dispositivos móveis tão acessíveis, a tendência é que a comunicação pessoal seja delegada cada vez mais para as redes. A consequência seria crianças que só sabem se comunicar através de Whatsapp, Facebook e afins sem saber se relacionar no “mundo real”.
Para que as redes sociais não se tornem um problema grave, é preciso que as crianças aprendam a utilizá-las da maneira correta. Proibir o acesso dos filhos às redes não chega nem perto de resolver o problema. Dessa maneira as crianças só encontrarão outros meios para acessar a internet sem a supervisão dos pais. Por isso professores e pais devem unir-se para instruir os jovens sobre os riscos e possibilidades da rede. O ideal é que os pais acompanhem seus filhos muito novos nas redes sociais, para que consigam ensinar a melhor maneira de utilizá-las. É bom que os pais ensinem aos filhos a não se exporem nas redes com fotos e vídeos, e a manterem sua privacidade. Com a supervisão dos pais e instrução dos educadores, é possível que a nova geração consiga conviver com as redes sem gerar prejuízos para sua vida pessoal e seu futuro.

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