As novas regras ortográficas já são obrigatórias no País. A medida já estava valendo desde o fim de 2009, entretanto só entrou em vigor no dia primeiro de janeiro deste ano. O acordo foi assinado a fim de padronizar as regras da ortografia. A proposta já foi assinada pelo Brasil, Portugal e Cabo Verde. Mas, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste ainda devem aplicar a medida.
Um dos principais objetivos dos membros da Comunidade de Países com Língua Portuguesa (CPLP) além da padronização, é facilitar a leitura e o intercâmbio cultural entre os países, para aumentar e ampliar a língua portuguesa. Desta forma, os novos serão livros serão escritos com o mesmo vocabulário e sem divergência na norma culta.
De acordo com os dados do Ministério da Educação, a nova proposta alterou, em média, 0,8% dos vocábulos da língua portuguesa no Brasil e de 1,3% em Portugal. Entre as principais mudanças do acordo ortográfico destacam-se a inclusão das letras K, W e Y no alfabeto, além da eliminação do trema, que ainda pode ser usado em nomes próprios. Entretanto, a mudança vale apenas para a forma escrita, ou seja, a fonética prevalece a mesma.
A acentuação também ganhou alterações como a eliminação do acento de pára (verbo) e para (preposição). O acento circunflexo também foi abolido das palavras que terminam em “eem” como é o caso de creem, leem, entre outras.
Os ditongos abertos também não recebem mais acento agudo como as palavras colmeia e jiboia. O hífen também deixou de ser usado quando a segunda palavra começar por “s” ou “r”, com exceção quando o prefixo acabar em “r”. Por exemplo, contra-regra escreve-se contrarregra. Além disso, também não há hífen quando o prefixo termina com vogal e o sufixo começa com vogal como auto-estrada que se tornou autoestrada.
A nova grafia pode ser consultada no vocabulário ortográfico de língua portuguesa, que pode ser acessada pelo link da ABL (Academia Brasileira de Letras): http://www.academia.org.br/.
